INSPETOR da GCM SP ferido = MTST tenta invadir Prefeitura de SÃO PAULO

Guarda ferido mostra bolinhas de gude utilizadas em protesto (Foto: Letícia Macedo/ G1)
Um grupo de manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) tentou invadir a Prefeitura de São Paulo na manhã desta quinta-feira (17) durante ato no Centro da cidade. Os sem-teto protestam pelo fim de despejos, principalmente em terreno da Prefeitura onde 600 pessoas vivem no Jardim Ipê, e pedem solução para moradores de ocupações da cidade.
Segundo a PM, cerca de 150 pessoas participaram do protesto em frente à sede da Prefeitura no fim da manhã. Para lideranças do movimento, mil pessoas participaram do ato.
Por volta das 13h, o MTST deixou a frente do prédio e seguiu em direção à Praça da República onde encerrou o ato por volta das 14h. Segundo o grupo, a Prefeitura se comprometeu a não fazer o despejo dos moradores do Jardim Ipê até terça-feira, quando deve ocorrer uma reunião entre representantes do movimento e da administração municipal.
Em nota, a Prefeitura afirmou que "repudia a tentativa de invasão de sua sede e as ações violentas que ocorreram durante o protesto na manhã de hoje (17), posturas que impossibilitam o diálogo entre a administração pública e os representantes dos manifestantes nesta data".
A Prefeitura afirma que mantém o diálogo com movimentos de moradia da cidade, desde que "regras democráticas sejam respeitadas", e que MTST foi recebido pela administração na última terça. A Prefeitura ainda não informou se deve haver nova reunião na terça.
Protesto e vandalismo

A manifestação começou por volta das 9h30 na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal. Trabalhadores de ocupações nas regiões do Campo Limpo, Paraisópolis, Capão Redondo e Grajaú saíram em caminhada pelo Viaduto do Chá até a sede da Prefeitura. Alguns manifestantes tentaram entrar no prédio. Um homem chutou a porta com intuito de arrombá-la, mas não conseguiu.
De acordo com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), os manifestantes cortaram os cadeados das grades com alicate hidráulico e tentaram invadir o prédio. Alguns manifestantes usaram estilingues para atirar bolas de gude e outros estavam armados com pedaços de pau, barras de ferro e pedras.
Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), três vidraças da Prefeitura foram quebradas e um guarda teve um corte na mão. O reforço da Polícia Militar foi solicitado e homens com o escudo do Batalhão de
Choque foram posicionados na Praça do Patriarca.
Vandalismo foi 'fato isolado', diz líder
Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, disse que o o vandalismo contra o prédio da administração municipal "foi um fato isolado". "Não era a proposta. Achamos que isso não é motivo para a Prefeitura não receber os movimentos sociais", disse.
Mesmo com a ausencia de Fernando Haddad, o movimento acredita que outros secretarios poderiam receber o movimento. "Estão ocorrendo ocupções nos últimos meses em várias partes da cidade. Em vez de reconhecer isso como problema social, um problema que está relacionado ao aumento brutal do valor do aluguel na cidade, a Prefeitura está agindo na repressão: a GCM vai lá e despeja sem ordem judicial, não abre negociações, criminaliza."
Câmara
Na terça-feira (15), manifestantes do MTST tentaram invadir a Câmara Municipal de São Paulo. Policiais militares conseguiram conter a invasão. O presidente da Câmara, José Américo (PT), recebeu dois representantes do grupo, que entregaram um documento com oito reivindicações a respeito da reforma urbana.

No mesmo dia, o grupo foi recebido pelo secretário adjunto de Relações Institucionais. Na ocasião, Boulos, um dos líderes do movimento, criticou o encontro e disse que o secretário apenas recebeu as reivindicações, sem se comprometer com a execução.

FONTE = PORTAL de NOTICIAS do G1

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