Mesmo ferido, Márcio conseguiu retirar a menina Ana Clara Santos Sousa, 6 anos, do ônibus. Ele a abraçou ao sair do veículo, pois o corpo da criança estava em chamas. A garota teve mais de 90% do corpo queimado e morreu no dia 6 de janeiro.
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O entregador de frangos explicou que os criminosos jogaram gasolina em sua camisa e que, quando conseguiu sair, já em chamas, se jogou em uma poça de lama. "Foi quando eu ouvi a mãe e as duas meninas gritando. Naquela hora, eu vi que não tinha ninguém para ajudar e saí correndo para tirar elas do fogo", recorda-se.
Ele agradeceu o trabalho feito pelos médicos e também a toda população goiana. "Me ajudaram em tudo que precisamos. Até quando eu precisei de doação de sangue, os goianos que nem me conheciam foram lá e me ajudaram", afirma.
Tratamento
Após o atentado, o entregador chegou a fazer tratamento em São Luís, mas no dia 8 de janeiro foi transferido para o Hospital Geral de Goiânia (HGG). Ele passou por três cirurgias e foi levado para o Hospital de Queimaduras, no dia 13 do mesmo mês. Depois de um período de internação, foi liberado para ficar em casa com as irmãs, no último dia 21 de março.