Guardas que fizeram parto na rua são homenageados
Em 17 anos de Guarda, nunca passei por uma experiência tão emocionante", disse Amorim, de 45 anos
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Texto: Foto: Gustavo Tilio/Especial para a AAN
Robson Macedo Pereira e Marcos Amorim ajudaram moradora de rua dar à luz na rua no último domingo em Campinas: cerimônia marcou os 17 anos da corporação na cidade
Os guardas municipais de Campinas Marcos Amorim e Robson Macedo Pereira, que fizeram um parto na rua no domingo, foram homenageados ontem. A cerimônia fez parte das comemorações dos 17 anos da Guarda Municipal e foi especial por causa da ocorrência. Uma moradora de rua de 23 anos deu à luz na calçada da Avenida General Euclides Figueiredo, próximo à rodoviária. O bebê prematuro de 7 meses nasceu graças ao esforço dos dois guardas. Mãe e filho foram levados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Maternidade de Campinas e passam bem. “A cada passo que dou, vem alguém me cumprimentar pelo parto.
Em 17 anos de Guarda, nunca passei por uma experiência tão emocionante”, disse Amorim, de 45 anos. Ele contou que estava fazendo um patrulhamento de rotina com seu colega quando um casal informou que ouviu gemidos na rua. A mulher foi encontrada deitada em cima de um papelão atrás de um carrinho de supermercado, tendo contrações. “A bolsa já tinha estourado. Liguei para o Samu, mas logo vi a cabecinha da criança coroando. Pegamos a luva descartável e começamos o procedimento”, contou.
O bebê nasceu sem chorar e os guardas pediram para a mãe aspirar a boca e o nariz da criança para retirar restos de placenta das vias respiratórias. “Logo depois disso, ele começou a chorar. Foi um alívio”, completou o guarda. Os GMS usaram uma toalha para aquecer o bebê e só quando o médico do Samu chegou o cordão umbilical foi cortado. A mãe do bebê já era conhecida pela guarnição por frequentar e dormir na região central da cidade.
No local, um outro morador de rua afirmou que a conhecia, mas não era o pai do bebê. Agora, os agentes planejam arrecadar fraldas para a mãe e visitar a criança na maternidade. O menino passa bem e deve se chamar Cauã. “Queremos visitá-lo sim, e ajudarmos a mãe como pudermos.”
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